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Boas maneiras e bom senso


Autor: Professor DeRose


As normas que constam no meu livro Método de Boas Maneiras são basicamente aplicáveis aos adeptos da proposta clean. Contudo, estas dicas serão úteis a todos, pois visam a desenvolver um sentido estético do comportamento com amplitude universal.


É bem verdade que um praticante do DeRose Method não usa drogas, não fuma, não toma álcool e não come carnes de animais mortos. Por isso mesmo, devemos estar atentos para uma perfeita integração familiar, social e profissional. Evidentemente, procuramos manter o mimetismo a fim de não chamar a atenção. Mas, às vezes, não funciona. Então, que sejamos notados e lembrados pela nossa elegância, simpatia, cultura e cordialidade.

A maior parte das normas de conduta surgiu de razões práticas. Se você conseguir descobrir o veio da consideração humana, terá descoberto também a origem de todas as fórmulas da etiqueta. Tudo isso se resume a uma questão de educação. Boas maneiras são as maneiras de agir em companhia de outras pessoas de forma a não invadir seu espaço, não constrangê-las e fazer com que todos se sintam bem e à vontade na sua presença. Por isso, boas maneiras são uma questão de bom senso.


Trabalhamos com reeducação comportamental. Através dos conceitos de bons relacionamentos humanos apresentamos uma nova forma de relacionar-se com o mundo: mais aberta ao diálogo, evitando conflitos com bom humor, com relacionamentos sinceros, felizes e duradouros. Frequentemente propomos aos nossos alunos o exercício da auto-observação com base nos conceitos apresentados no livro Método de Boas Maneiras com a finalidade de ampliar o conhecimento sobre si mesmo e aprimorar-se ainda mais. Todos, alunos e instrutores, sempre tem muito a aprender. Compartilhamos com você alguns dos conceitos que estudamos nos últimos dia e deixamos a provocação: você está conduzindo seus relacionamentos da melhor forma possível? Pense novamente.


Você é uma pessoa sutil?


"Onde há sutileza, em geral, há boa educação. Sutileza tem a ver com polimento, refinamento.


Sutileza na maneira de segurar uma xícara, um copo, um garfo. Sutileza na forma de sentar-se no sofá sem se atirar nele ou de se virar na cama sem disturbar o parceiro que lá está. Sutileza na maneira de tocar pessoas e objetos. Sutileza na forma de fechar o porta-malas do automóvel de um amigo. Sutileza na hora de repor as coisas exatamente no lugar de onde as tiramos, na casa dos outros, por mais íntimos que sejamos. Sutileza na hora de selecionar as amizades e as pessoas com quem vamos envolver-nos afetivamente. Sutileza na maneira de reclamar ou na forma de dizer uma verdade."


Você é um descontente?


"Mais de meio século de vida me ensinou a aceitar um defeito do ser humano como algo incurável: sua insatisfação.Instabilidade essa que é congênita em todos os seres humanos uma vez que ainda estamos em processo de evolução. Afinal, somos uma espécie extremamente jovem em comparação com as demais formas de vida no planeta. Estamos na infância da nossa evolução e, como tal, cometemos inapelavelmente as imaturidades naturais dessa fase. Observe que raríssimas são as pessoas que estão satisfeitas com seus mundos. Em geral, todos têm reclamações do seu trabalho, dos seus subalternos e dos seus superiores; da sua remuneração e do reconhecimento pelo seu trabalho; reclamações dos seus pais, dos seus filhos, dos seus cônjuges, do seu condomínio, do governo do seu País, do seu Estado, da sua cidade, da polícia, da Justiça, do departamento de trânsito, dos impostos, dos vizinhos mal-educados, dos motoristas inábeis, dos pedestres indisciplinados… Quanta coisa para reclamar, não é? Se formos por esse caminho, concluiremos que o mundo não é um lugar bom para se viver e seguiremos amargurados e amargurando os outros."


Você conhece a teoria do Espaço Vital?


"Boa parte dos princípios de boas maneiras pode ser fundamentada na teoria do espaço vital. Observe que muito do que se denomina etiqueta social é, nada mais, nada menos do que o estabelecimento formal de limites. Os choques culturais e étnicos ocorrem quando um indivíduo ou grupo de indivíduos de alguma maneira invade ou põe em risco a identidade cultural de outro.

Se você quiser preservar uma amizade ou um relacionamento afetivo, metabolize esta regra áurea: a única maneira de prender alguém é soltar; a melhor maneira de perder alguém é cercear sua liberdade ou invadir sua privacidade."

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