A verdade só é difícil para quem se melindra
Texto por Paola Martins
O trabalho de autossuperação e, consequentemente, de autoconhecimento, passa, invariavelmente, pela busca da verdade.
Muito se tem falado sobre a verdade como algo relativo, ou mesmo dolorido. É certo que luz demais, para olhos que não estão preparados, acaba cegando. Mas este é, justamente, o ponto: estar preparado.
Cada pequeno passo do trajeto deve ser condizente com o tamanho das suas pernas. Autossuperar-se não é correr, mas sim caminhar, passo a passo, pela mesma estrada, com uma visão definida de destino, de forma constante, disciplinada e consistente, no seu próprio ritmo.
Assim também o é com a verdade sobre aquilo o que verdadeiramente somos.
É impossível buscar autoconhecimento e superar os limites daquilo o que desejamos transcender quando nossa estrutura - seja ela física, emocional ou mental - não está preparada para o passo seguinte.
Às vezes, aquilo o que somos de verdade não é bonito, não é legal, não é divertido: mas é de verdade.
E a verdade apenas é, sem maiores atributos, sem relatividades.
Para encará-la, precisamos estar fortes, seguros, resilientes. É preciso desenvolver a habilidade de lidar com a verdade sobre as coisas que nos cercam, e, principalmente, sobre o que trazemos e cultivamos da pele para dentro.
A busca da verdade, de forma destemida e determinada, é, talvez, a única via possível para a verdadeira autossuperação e o único caminho de efetivo autoconhecimento e autodesenvolvimento.
Buscar ser de verdade é buscar ser a cada dia mais você mesmo, que é a única coisa que você pode, verdadeiramente, fazer pelas pessoas a sua volta e pelo mundo como um todo.
A verdade só é difícil para quem se melindra, tal qual a luz só machuca aqueles que passaram tempo demais no escuro.
O que você quer para a sua vida? Breu completo, ou dias de sol?
Faça sua escolha, deseje com afinco, e dê o primeiro passo.
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