Não se use como desculpa, assuma sua responsabilidade
Texto por Paola Martins
Nada na vida é absoluto (a não ser talvez a morte (ao menos por enquanto)).
Sabemos disto, mas, ainda assim, permitimo-nos usar alguns paradigmas e condicionamentos como desculpas absolutas para, num linguajar moderno, “passar pano” para nossos próprios comportamentos inadequados.
É o que fazemos quanto aos nossos impulsos agressivos. Chamamos de instinto, de natureza animal, de autodefesa, de necessidade, ou pior: de personalidade.
E ao fazermos isso, adotamos nossa postura preferida no mundo: a de passividade e de terceirização da responsabilidade pelas nossas atitudes, sentimentos e resultados.
Nossa racionalidade funciona para justificar nossas escolhas, com base nas nossas vontades, mesmo antes de termos consciência delas.
Se você está dando explicações, arrazoando, contrarrazoando e justificando em várias laudas, você provavelmente não está tentando convencer o público externo, mas sim a si mesmo quanto à legitimidade das suas ações, pensamentos e sentimentos.
Assim, justificam-se todas as agressividades:
Falei mais alto com essa pessoa pois precisava, imperiosamente, sem outra saída, defender-me, impor meu ponto de vista, ser ouvido.
Como carnes, pois preciso das proteínas.
Bebi a garrafa inteira de vinho numa sexta-feira à noite porque eu merecia, depois de uma semana agitada.
Fui ríspido na minha colocação, pois é o meu jeitinho especial de ser objetivo e direto, sem papas na língua.
E, como diria meu professor de biologia no ensino fundamental, acabamos criando uma verdadeira bola de neve de agressividade, e acabamos todos, conjuntamente, enquanto sociedade, entrando pelo cano.
Tudo isso são desculpas. Você sempre, sempre, encontrará desculpas, justificativas, motivos, para qualquer coisa. Basta olhar o histórico de guerras da humanidade. Elas não são, nunca, desprovidas de desculpas.
O que nos falta para romper com este ciclo - além de expansão da consciência - muitas vezes, é a assunção de responsabilidade.
Auto Responsabilidade.
Não terceirize a responsabilidade pelas suas atitudes, seus pensamentos e seus sentimentos. Na maioria das vezes, quando fazemos isso, assinamos uma carta de confissão de falta de potência.
Há força em sermos responsáveis por aquilo o que somos, e, a partir daí, fazermos os ajustes necessários para nos tornarmos o que queremos ser.
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