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O privilégio de ter um Mestre vivo

Por Paula Lucchese Cordeiro


A relação Mestre e Discípulo e a transformação que surge do convívio


No último fim de semana de agosto, tive o privilégio de participar do DeRose Festival de São Paulo (falei um pouco sobre o evento neste post). Foram três dias intensos de prática, estudo e, o mais valioso, convivência.

 

Um dos grandes momentos do festival é a oportunidade de estar perto do Professor DeRose, Sistematizador do SwáSthya Yôga. Não apenas nas aulas e cursos que ele ministra, mas principalmente nas conversas inesperadas que surgem entre uma atividade e outra.

 

Minhas favoritas acontecem à mesa, durante as refeições. Em poucos minutos, o Mestre revive uma história cheia de humor dos idos de 1970 e, quando menos se espera, aquela narrativa se transforma na lição exata que a gente precisa ouvir. É nesse convívio natural, sem pressa, que o verdadeiro aprendizado se revela — não apenas nas técnicas, mas na maneira de estar no mundo.

 

IMPOSSÍVEL escolher uma só kkk.


Nosso método e nossas escolas tem como fundamento o convívio. É dessa convivência que nascem os discípulos. Como diz o Professor DeRose: “O aluno frequenta as aulas, aprende as técnicas e, ao final, vai embora. O discípulo, por outro lado, quer estar em tudo.”  O discípulo não se contenta apenas com a prática; ele quer fazer parte, contribuir e mergulhar de cabeça no crescimento coletivo. É nesse envolvimento que o discípulo se conecta com o Mestre e com o processo de autotransformação. É assim que eu me identifico.

 

Nas filosofias orientais, a relação entre Mestre e discípulo transcende a transmissão de conhecimento técnico. Trata-se de um compromisso profundo de desenvolvimento pessoal. A convivência permite ao discípulo assimilar algo além do que é dito — ele capta a essência do Mestre, que atua como um catalisador que desperta a sabedoria latente dentro do próprio discípulo.

 

No entanto, em um mundo cada vez mais individualista, onde a solidão cresce mesmo em meio a tantas "conexões digitais”, somos capazes ainda de perceber e valorizar o impacto do convívio? Hoje, interagimos principalmente por telas, inundados de informações e distrações, talvez sem a profundidade das relações que realmente transformam.

 

Será que estamos perdendo a oportunidade de aprender e crescer pelo simples ato de estarmos juntos, de nos dedicarmos uns aos outros?

 

No ritmo acelerado e fragmentado em que vivemos, convido você a refletir sobre como é possível nutrirmos nossos vínculos para que não sejam apenas superficiais, nos reconectando com o que é mais essencial — seja através de um Mestre ou mentor, de uma comunidade, ou até de momentos de presença verdadeira.

 

Quem acompanha o blog, já sabe que a Fabiano Gomes School, que esteve no número 115 da Rua Luciana de Abreu, no bairro Moinhos de Vento, por mais de 18 anos, agora está em um novo endereço, pertinho do anterior. As obras estão a todo vapor, e o novo espaço promete ser único – aguarde!

 

Vem praticar!

Estamos de casa nova! Você está convidado a fazer uma aula na Fabiano Gomes School. Entre em contato conosco e agende seu horário.

Rua Barão de Santo Ângelo, 362 - Moinhos de Vento - POA/RS

Instagram: @fabianogomes_school

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