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A febre de Yôga com cães

Texto por Paola Martins


É um pouco chato ser aquela pessoa que no auge de uma tendência declara “bem, mas eu já fazia isso antes!”, toda disruptiva, né? Pois que nos desculpem os incomodados, seremos forçados a dizer que nós praticamos Yôga com cães há mais de 20 anos... Ou seja, pra variar, surfamos a crista da onda dessa tendência quando tudo ainda era mato...


(Na foto, a Diretora da nossa escola, Tanara, em uma prática em dupla com o Guapinho)
(Na foto, a Diretora da nossa escola, Tanara, em uma prática em dupla com o Guapinho)

Chato mesmo é estar sempre a frente do nosso tempo. Fazer o quê! Como gostamos de dizer por aqui, somos uma escola de meditação e cachorros.


(À esquerda, o Molico fiscalizando o exercício de meditação do tio Alessandro Mauch, e à direita, conferindo se a turma estava fazendo o ásana de torção direitinho)


Acreditamos no amor profundo e na conexão de almas entre humanos e cães, e pros nossos alunos e equipe ao longo destes 20 anos, a experiência é mais do que positiva.


“Praticar com aumigos na sala é mágico: eles nos lembram, de forma simples e pura, o poder de estar presente”.

Depoimento da aluna Josemari Farina



(Na foto, o Guapinho após um treino de coreografia com a Tia Paola)
(Na foto, o Guapinho após um treino de coreografia com a Tia Paola)

Sem falar, é claro, que nossos mascotes são Yôgins treinados, ambientados, e que não são explorados comercialmente em uma aula cheia de estranhos.


(Foto pós prática com a turma toda: Nina, Joaquín, Bibi e Molico)
(Foto pós prática com a turma toda: Nina, Joaquín, Bibi e Molico)

Eles conhecem nossa prática, tem seu lugar definido em sala de aula, seus ásanas preferidos para fazer em dupla, e sabem a hora de concentrar, de descontrair, e de encerrar com um sorriso e com o termo “Swásthya”.


“Pra mim a experiência de praticar com os cachorros na sala é bem tranquila, eles nos dão as boas-vindas, dormem enquanto praticamos e depois trazem uma alegria ao finalizar. De vez em quando até somos nós quem ganhamos um carinho, eles sabem o que fazem!”

Depoimento do aluno Lucas Schwanke



(A dupla concentrada em meditação na foto é o Joaquín e a Stella)
(A dupla concentrada em meditação na foto é o Joaquín e a Stella)

Nossa dedicação pela causa animal é notória: todos os cães da escola são adotados, nossas palestras mensais são beneficentes em apoio à protetora dos animais Deise Falci, nossa grande amiga e parceira, para quem também fazemos lar temporário de cães resgatados.


(Na imagem, a Diretora Tanara ministrando uma prática beneficiente com a Pila, da humana Deise Falci)
(Na imagem, a Diretora Tanara ministrando uma prática beneficiente com a Pila, da humana Deise Falci)

Pra quem está chegando agora e vindo no nosso encalce nessa prática, o pessoal tem chamado as aulas de Yôga com cachorros de DOGA (DOG + YÔGA). Segundo as matérias que tem saído sobre esse tema, confirmando o que já sabíamos e fazíamos, DOGA promove a conexão, o relaxamento e benefícios físicos e emocionais para ambos (humano e doguinho).


(Na foto, a Bia está ministrando uma aula com a Tia Paola)
(Na foto, a Bia está ministrando uma aula com a Tia Paola)

No fim do dia é sobre isso: conexão. E, de quebra, temos impactos positivos na gestão do estresse[1] e ansiedade, no fortalecimento de vínculos, no estímulo à sensorialidade.


(Prof. Fabiano e Joaquín permaneceram concentrados neste ásana muscular, pois juntos são muito mais fortes)
(Prof. Fabiano e Joaquín permaneceram concentrados neste ásana muscular, pois juntos são muito mais fortes)

Sem falar, é claro, do que isso faz pelos nossos níveis de ocitocina, serotonina e dopamina[2].


(Imagens da parte preferida do Molico em todas as práticas: a descontração! À esquerda, com a tia Carol, e à direita, com a tia Josi)


Mas vamos combinar uma coisa: buscar o bem-estar humano é essencial, é claro, e você deve sim o fazer de forma ativa, mas muito cuidado também com o bem-estar canino ok? Os animais não estão a nossa disposição e ao nosso bel prazer para satisfazer a nossa necessidade às custas da sua própria saúde ou exploração.


(O Molico meditando com a tia Carmen)
(O Molico meditando com a tia Carmen)

Atenção para situações em que o contato com um filhote não é um estilo de vida, e sim uma oportunidade comercial. Filhotes muito jovens podem sofrer estresse sensorial, e na Itália, por exemplo, esse tipo de prática foi regulada para proteger os cães[3].


(A Roma descansando depois de definir o plano de aula)
(A Roma descansando depois de definir o plano de aula)

Por essa razão, na nossa escola, nossos cães são da nossa equipe e, muito mais do que isso, da nossa família e o cuidado com eles é uma das nossas maiores prioridades.



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