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Fábula sobre a Síndrome de Caim, por DeRose

Fábula sobre a Síndrome de Caim

Quando surgiu a espécie Homo, de onde viria a desenvolver-se a espécie Homo sapiens, havia duas subespécies: Homo amábilis e Homo malignus. Essas subespécies eram tão semelhantes que até podiam cruzar e eventualmente o faziam, gerando uma descendência híbrida. Mas havia uma diferença entre elas. O Homo am?bilis era um animal doce e querido, de sentimentos francos e comportamento dócil. Jamais agredia, nem para se defender. Repartia a comida (frutos, raízes, folhas, mel), dividia a caverna, compartilhava as ferramentas. Nunca esperava uma agressão ou traição por parte do Homo mal?gnus. Este, por sua vez, era o oposto. Sempre tramando ardis para roubar a comida, as ferramentas, a moradia e tudo o que o Homo am?bilis possuísse. Há quem diga que o relato bíblico de Abel e Caim, os primeiros homens sobre a Terra, referia-se àquelas duas subespécies.


Havia, na época, alguns poucos milhares de exemplares da espécie Homo no planeta e não se esperava que ela vingasse, pois era menos aparelhada para sobreviver que os outros animais. Não dispunha de presas, garras, chifres, veneno, velocidade, nada. Mas uma das subespécies parecia ter desenvolvido, como arma secreta, uma astúcia maligna. Com ela, engendrava ciladas para os animais, inclusive os da mesma espécie, a fim de levar vantagem, destruí-los e tomar tudo o que eles tinham.


Com o tempo, o Homo am?bilis entrou em extinção por razões ainda não muito claras, enquanto o Homo mal?gnus sobrepujou e sobreviveu. Dele, evoluiu o Homo sapiens. Por isso, temos tantas invejas, tanto ódio, tanto prazer em destruir, em falar mal. Por isso, existem crimes e guerras. Por isso, o ser humano destrói o meio ambiente, desmata as florestas, polui as águas. Por isso, ele tortura e mata sem sensibilidade tanto outros humanos quanto os animais e devora suas carnes.


O Homo malgnus só não destruiu totalmente a vida no planeta porque alguns espécimes trazem os genes recessivos do Homo am?bilis, adquiridos por ocasião dos cruzamentos acidentais entre as duas subespécies na aurora desse “pithecos” que se diz Homo. Um bom número dos que trazem os genes do Homo am?bilis são hoje praticantes de SwáSthya e vegetarianos convictos. E é por isso que ainda há esperança para a humanidade e para o planeta.


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