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Níveis de consciência e mindfulness

Texto do Professor DeRose, adaptado por Paola Martins

Você já ouviu falar em níveis da consciência?

De corpos do homem?

E o que mindfulness, o estado de concentração, de consciência plena, tem a ver com isso?

Queremos ajudar você a entender sobre isso!

Quando você está praticando esportes, pulando carnaval, com dor de dente, fazendo a digestão depois de um rodízio de pizzas, ou sofrendo em um funeral, sua atenção está dirigida ao seu físico ou ao seu emocional. Nessas circunstâncias, você consegue facilmente perceber que não está nas condições ideais para ler um tratado sobre física quântica, concentrar-se no enredo de uma peça de teatro ou, muito menos, de meditar.Isto porque o corpo físico e as emoções intensas são mais densos, e eclipsam nossa mente, que é mais sutil, dificultando atividades intelectuais. Para fins didáticos, podemos dizer que o universo se divide em planos, como plano físico, plano emocional, plano mental e plano intuicionalMas como assim, “corpos” do homem? Não temos um só corpo?Na verdade, temos vários corpos, de diferentes naturezas, substâncias e níveis de sutileza. Se só tivéssemos corpo mental, não conseguiríamos, por exemplo, tocar ou mover um objeto material.

No plano físico atuamos com um corpo físico denso, formado de carne e osso.


Com este corpo, formado de substâncias como minerais, carbono e água, podemos agir e influir no mundo material. Já as emoções, são processadas no corpo emocional, enquanto os pensamentos, visualização de imagens, sons, funções matemáticas, concepção de ideais, etc, ocorrem no corpo mental, e a meditação, ou intuição linear, que é um fenômeno de consciência expandida, se processa no corpo intuicional.


A forma como existimos, como nos manifestamos no mundo, se dá através destes veículos, destes corpos. Assim, quando buscamos exercitar o estado de mindfulness, de atenção plena, para expandirmos a consciência e aumentarmos a capacidade de concentração, de foco, necessariamente agimos por intermédio destes veículos.


Assim, convencionamos o plano mental como o plano de manifestação da consciência, pois o ser humano diz que está consciente quando usa o mental, quando está acordado, quando não está em coma, etc.


O inconsciente se manifesta através do corpo físico, já que os objetos materiais não são conscientes. Subindo um degrau, o corpo emocional é o subconsciente, pois um ser emocional ainda não é racional, nem lógico, sua consciência não está plena. É o caso dos animais não humanos.


O plano intuicional, como está acima do que consideramos consciente, é denominado superconsciente. Podemos ver, então, que o estado de mindfulness, de atenção plena, de expansão da consciência, ocorre através do corpo mental.


Ken Wilber, criador da psicologia integral, aborda, em sua Teoria da Integralidade a questão dos corpos do homem, atrelada aos níveis de consciência, ao afirmar que “States of consciousness do not hover in the air, dangling and disembodied. On the contrary, every mind has its body. For every state of consciousness, there is a felt energetic component, an embodied feeling, a concrete vehicle which provides the actual support for any state of awareness”.



[Em uma tradução livre: “Estados de consciência não pairam no ar, pendurados e desencarnados. Pelo contrário, cada mente tem seu corpo. Para cada estado de consciência, há um componente energético, um sentimento corporificado, um veículo concreto que fornece o suporte real para qualquer estado de consciência.”

Ele aborda a ideia de que cada nível interior de consciência é acompanhado de uma nível de complexidade física exterior.]


Quanto maior a consciência, mais complexo é o veículo utilizado, de forma que todos os quadrantes, níveis, linhas, estágios e tipos de componentes do desenvolvimento da consciência importam, pois são integrados. No universo, sempre o mais denso eclipsa o mais sutil.


Por exemplo, se você olhar para o céu durante o dia não verá as estrelas. No entanto, elas estão lá, só que seu brilho é muito mais sutil do que o do Sol. Assim, a luz do Sol (mais intensa) eclipsa a luz das estrelas (mais sutil).


Por isso, para expandir sua consciência, exercitando mindfulness, primeiro você precisará trabalhar a estabilidade dos outros níveis da consciência - inconsciente e subconsciente - através dos respectivos corpos do homem em que se manifesta - corpo físico e emocional.

Só, então, será possível desenvolver o corpo mental, expandido sua consciência.

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