Agressividade x Assertividade

Texto por Paola Martins

Existem várias formas de se transmitir uma mesma mensagem.

Como nos ensina o Prof. DeRose, tudo aquilo o que falamos vem acompanhado de mudrá (gestos reflexológicos feitos com as mãos, que funcionam como chaves, selos, senhas e que nos ajudam e penetrar em determinados setores do inconsciente coletivo) e de mantra (vocalização de sons e ultrassons).

Uma mesma frase pode ser externalizada com mudrás e mantra diversos, que, por si só, modificarão por completo o peso e a carga daquilo que está sendo dito.

Um erro comum no qual incorremos diariamente é, ao mirar na assertividade em nossas comunicações, acabarmos acertando, em verdade, o alvo da agressividade.

Alguns estímulos da cultura na qual estamos inseridos nos leva a confundir poder, potência, assertividade, acerto, com agressividade. É comum nos depararmos com uma certa romantização da agressividade, como um traço de personalidade quase heróico.

Desta forma, ficamos presos em um ciclo de competição no qual cada um tenta “gritar” mais alto do que outro, seja de fato, seja, até mesmo, virtualmente.

Acontece que existe uma enorme potência e uma força gigante na sutileza e na assertividade.

Ser assertivo é um conjunto: a escolha das palavras, a escolha do timbre da voz, a escolha da linguagem corporal adequada.

A forma como nos portamos fala muito por nós, e, às vezes, fala até mais alto do que a mensagem que estamos tentando transmitir.

Ser assertivo é conseguirmos expressar nossas ideias e sentimentos de forma a verdadeiramente conectar com nosso destinatário, ao ponto de sermos realmente ouvidos e levados em conta.

Ao recorrermos a agressividade, quase que automaticamente perdemos a capacidade de gerar essa conexão.

Por isso, não podemos cair na vala rasa de confundirmos agressividade com assertividade, inclusive porque, na maioria das vezes, a agressividade prejudica nosso ímpeto de sermos assertivos.

Que tal começar hoje a trabalhar em uma comunicação mais assertiva?

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