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Ano novo, metas novas (de novo)

Texto por Paola Martins



Todo o começo de ano é a mesma coisa: listas e listas de “To Do”s.


Reflete comigo: quantas das suas metas deste ano estão na sua lista desde 2024? 2023? 2020? 1999?


Ah, poise.


Quer saber a razão disso?


Não, não é o alinhamento dos planetas nem culpa da sua mãe.


A questão é que temos a propensão de sonhar e almejar saltos quânticos, sem antes aprendermos a andar.


Um passo depois do outro.


Ninguém gosta de pequenos passos. Todos queremos dar pulos maiores que a perna, ou mesmo voar sem asas.


A sensação é exatamente essa: janeiro é aquele mês do ano em que absolutamente todo mundo está com a cabeça nas nuvens, sonhando alto, pensando em conquistar o mundo, se sentindo invencível, com sede de ser herói.


Só que daí chega a primeira semana útil do ano, a rotina nos reencontra, deixamos o sal da praia um pouquinho de lado, e absorvidos pela cidade, pouco a pouco vamos deixando nossas metas de lado, até que, lá por agosto, não sobra nem a lembrança das listas que fizemos e que neste ponto apenas juntam poeira em alguma gaveta da casa.


Porque se meu plano era triplicar meu salário em 2025, e isso não aconteceu até o começo de março, então esquece, eu desisto, deixa pra lá, vai ficar pra minha versão de 2026.


Sempre tem o próximo ano.


Sempre tem o próximo ano?


Você sabe que não.


Só temos o aqui e o agora.


Por isso que escolher nossos planos e nossas metas para esse curtíssimo espaço de tempo que são os próximos 12 meses deve ser feito com muita autorresponsabilidade e consciência.


Reserve um momento para verdadeiramente entender suas vontades e seus motivadores neste 2025. Tenha respeito com o seu corpo – físico, mental e emocional. Tenha em mente que você deve se comprometer ao auto esforço e a autossuperação, mas sem forçar nada.


Ao fazer seu planejamento do ano, qualquer desconforto, suor em excesso, aceleração cardíaca ou nó da garganta podem ser sinais do seu corpo para que você seja mais moderado. Atente-se.


Coloque no papel. A palavra tem poder de gênese, de criação, de construção da realidade. Primeiro damos o nome para então darmos a forma. A palavra dita é flecha lançada, mas some no horizonte. A palavra escrita perpetua nossas intenções e compromissos.


Escolha aquilo o que for assimilável, prazeroso e que fizer sentido com a versão de você mesmo neste instante. Não com as versões ultrapassadas que você já deixou para trás.


Lembre-se que a nossa filosofia é sensorial. A disciplina é muito importante, e é a melhor amiga da liberdade, mas ninguém, absolutamente ninguém neste mundo pode, com sucesso, lhe dizer o que é melhor para você neste ano.


Você precisa sentir na pele.


Boa sorte pra nós!


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