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Antifragilidade

Texto por Paola Martins


Você com certeza já ouviu falar bastante em resiliência como uma soft skill essencial e do futuro. Mas você conhece o conceito de "Antifragilidade"?


A palavra em si traz a conotação de estar no espectro totalmente oposto à fragilidade Assim, para entendermos antifragilidade, precisamos primeiro nos perguntar: O que é a fragilidade?


O dicionário Michaelis define “frágil” como aquilo "que se rompe ou quebra com facilidade; rúptil. Que se estraga facilmente; delicado. De pouca resistência. Desprovido de vigor físico. Sujeito a cometer pecados. Que tem pouca duração. Que não tem solidez".


Qual seria, então, o conceito proposto pelo vocábulo “antifrágil”? O que é a verdadeira antítese de fragilidade, a qual, cumpre dizer, não se confunde com resiliência.


O mesmo dicionário Michaelis conceitua "resiliência" como “capacidade de rápida adaptação ou recuperação.” Por isso mesmo, é evidente que a mera habilidade de recuperação não é a antítese da fragilidade.


Antifrágil é aquilo o que não se rompe com facilidade, que não estraga facilmente, que possui resistência, vigor, que tem longa duração, que é eivado de solidez.


A antifragilidade está além da resiliência e da robustez.


Não é sobre meramente recuperar-se, mas sim, sobre fazer-se mais forte não apesar das situações adversas, mas por causa delas.


Nessa linha, o indivíduo antifrágil, na proposta do autor Nassim Nicholas Taleb é aquele que encontra uma maneira de beneficiar-se com o caos, de fazer-se mais forte, mais vigoroso, diante dos desafios.


Segundo Taleb:

“O resiliente resiste a impactos e permanece o mesmo. O antifrágil fica melhor. Essa propriedade está por trás de tudo o que vem mudando com o tempo.”

Assim, Taleb proclama a incerteza, a mudança, o caos, como algo desejável ― e até necessário.

E não é justamente por um período de caos que estamos passando agora?


Nada substitui a experiência. A grande questão é a forma como escolhemos interpretar cada uma de nossas experiências.


Como nos ensina o Prof. DeRose, a realidade é uma questão de ótica. O ponto de vista que você escolhe para encarar o caos a sua volta diz muito mais sobre você do que sobre os fatos ao seu redor.


Pense nisso: se você decidisse parar de comer chocolate para sempre, a partir de hoje, seria fácil ou difícil? Se você for um mero mortal como a maioria de nós, imagino que responderá que será difícil. Pois se já é difícil para você mudar seus hábitos alimentares, quão difícil você acha que será para mudar a realidade, para modificar o mundo a sua volta?


A chave para isso consiste em desenvolver a habilidade de canalizar sua potência e beneficiar-se com as bolas curvas que a vida arremessa em você.


Comece a mudar o mundo fortalecendo a si mesmo. Encontre a sua maneira de se beneficiar com o caos. Faça os ajustes necessários para se tornar, a cada dia mais, você mesmo. O caminho pelo autoconhecimento é o mais autêntico (se não o único).


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