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Escute seu corpo

Atualizado: 9 de jun.

Por Paula Lucchese Cordeiro

 


Existe um tipo de sabedoria que não se aprende em livros. Ela vive no corpo, e fala conosco o tempo todo — através de sensações, tensões, arrepios, cansaços, movimentos. Mas estamos escutando?


O corpo não disfarça. Ele apenas mostra, com precisão silenciosa, o que está acontecendo dentro de nós — e, por isso mesmo, é um dos caminhos mais diretos para o autoconhecimento.


É por isso que nossa prática é tão poderosa: ela nos devolve ao corpo. E o corpo, com toda sua honestidade, nos revela quem realmente somos. Cada técnica é uma oportunidade de escuta.


Muitas vezes vejo nos alunos (e em mim mesma!) dificuldades para avançar em determinada técnica — não por falta de habilidade, força ou flexibilidade, mas porque há uma tensão, uma rigidez presente. Seja emocional, mental ou energética, o corpo revela o que a mente ainda não alcançou.


É então que surge uma pergunta com enorme poder de transformação, se estivermos abertos para escutar: “O que o meu corpo vem tentando me dizer… e eu ainda não escutei?”


O Professor DeRose tem uma frase que considero chave para tudo o que fazemos:

“O veículo da consciência é mais importante que a própria consciência.”


Quando a escutei pela primeira vez, fiquei perplexa. Afinal, fomos ensinados a colocar a mente, a razão — esse “algo acima” — como o centro da nossa evolução.


Mas o que depreendo dela é que a expansão da consciência, a busca primordial de todo praticante, será na direta proporção da capacidade do corpo de sustentá-la. Porque o corpo é o seu verdadeiro campo de manifestação.


Não existe consciência aplicada sem um corpo que sustente, exprima e revele. É no corpo que sentimos, nos relacionamos, amamos e criamos a vida que desejamos viver.


E então eu pergunto a você:

– O que o seu corpo vem tentando dizer?

– Que partes suas precisam de mais escuta do que esforço?

– Onde há rigidez… e o que ela está tentando proteger?


Se alguma dessas perguntas fez sentido para você, compartilha com a gente nos comentários.

Às vezes, tudo o que o corpo precisa é ser reconhecido — e isso já muda tudo.









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