Escute seu corpo
- Paula Lucchese Cordeiro
- 8 de jun.
- 2 min de leitura
Atualizado: 9 de jun.
Por Paula Lucchese Cordeiro

Existe um tipo de sabedoria que não se aprende em livros. Ela vive no corpo, e fala conosco o tempo todo — através de sensações, tensões, arrepios, cansaços, movimentos. Mas estamos escutando?
O corpo não disfarça. Ele apenas mostra, com precisão silenciosa, o que está acontecendo dentro de nós — e, por isso mesmo, é um dos caminhos mais diretos para o autoconhecimento.
É por isso que nossa prática é tão poderosa: ela nos devolve ao corpo. E o corpo, com toda sua honestidade, nos revela quem realmente somos. Cada técnica é uma oportunidade de escuta.
Muitas vezes vejo nos alunos (e em mim mesma!) dificuldades para avançar em determinada técnica — não por falta de habilidade, força ou flexibilidade, mas porque há uma tensão, uma rigidez presente. Seja emocional, mental ou energética, o corpo revela o que a mente ainda não alcançou.
É então que surge uma pergunta com enorme poder de transformação, se estivermos abertos para escutar: “O que o meu corpo vem tentando me dizer… e eu ainda não escutei?”
O Professor DeRose tem uma frase que considero chave para tudo o que fazemos:
“O veículo da consciência é mais importante que a própria consciência.”
Quando a escutei pela primeira vez, fiquei perplexa. Afinal, fomos ensinados a colocar a mente, a razão — esse “algo acima” — como o centro da nossa evolução.
Mas o que depreendo dela é que a expansão da consciência, a busca primordial de todo praticante, será na direta proporção da capacidade do corpo de sustentá-la. Porque o corpo é o seu verdadeiro campo de manifestação.
Não existe consciência aplicada sem um corpo que sustente, exprima e revele. É no corpo que sentimos, nos relacionamos, amamos e criamos a vida que desejamos viver.
E então eu pergunto a você:
– O que o seu corpo vem tentando dizer?
– Que partes suas precisam de mais escuta do que esforço?
– Onde há rigidez… e o que ela está tentando proteger?
Se alguma dessas perguntas fez sentido para você, compartilha com a gente nos comentários.
Às vezes, tudo o que o corpo precisa é ser reconhecido — e isso já muda tudo.
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