Iniciativa x Acabativa
- Paola Martins
- 9 de fev.
- 2 min de leitura
Texto por Paola Martins

Quem só faz o que gosta é criança. Essa é uma das frases de desconforto evolutivo do Prof. Fabiano Gomes que mais me desconforta, evolutivamente falando.
A vida adulta nos exige, todos os dias, expandir a nossa zona de conforto. Todos temos coisas a fazer, e, principalmente, sonhos para tirar do papel.
Todo mundo quer ter o corpo ideal, uma saúde maravilhosa, o condicionamento físico de um triatleta, sucesso profissional, uma conta bancária recheada, uma vida social agitada, muitos amigos, e, acima de tudo, disposição pra dar e vender.
Mas nenhum tipo de realização ou de conquista cai do céu azul – e se caísse, vamos combinar, não teria sabor de conquista, e sim de mero acaso não merecido.
O que separa você dessa vida dos sonhos?
Sonhar é realmente muito bom. Tudo o que é realidade neste mundo já foi o sonho de alguém antes. Sonhar é essencial.
E o que separa o sonho da construção da realidade pode ser, sim, a temperatura e a pressão do ambiente lá fora, mas também tem relação com o ambiente ai dentro – aqui dentro – ou seja, nossa capacidade de exercer atos de poder sobre nós mesmos com disciplina o suficiente por tempo o suficiente para tirar todas essas ideias do papel e transformar em algo concreto.
O Prof. DeRose sempre comenta que muitas pessoas têm iniciativa, mas pouquíssimas pessoas têm acabativa.
E o que separa quem começa mil e uma coisas de quem termina alguma delas?
Autodisciplina e perseverança: Qualquer processo verdadeiro de transformação e de construção exige bases sólidas que somente podem se erguer em um solo adubado por essas duas características.
É por isso que a prática diária do Ashtánga Sadhána é profundamente transformadora.
A cada prática desenvolvemos mais a capacidade de acessar nosso verdadeiro potencial. Quanto mais praticamos, mais próximos estamos da meta.
Praticar praticar praticar.
Perseverar perseverar perseverar.
O começo do caminho será difícil, os primeiros passos sempre o são.
Talvez o meio do caminho também seja difícil. Normalmente as melhores jornadas exigem bastante de nós.
É sim, possível, que seja difícil até o final. A disciplina é o que nos move adiante para atravessar esse processo. Sem disciplina e perseverança nos vemos fadados a repousar eternamente na almofada fofa da inércia, e esta, por certo, não nos alavanca a grandes feitos.
Faça suas escolhas e siga com elas até o final.
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